FELICIDADE

13/01/2013 10:28

Onde e como achá-la?
Será que se esconde de mim? Oh, não faça isso!
Sei que não sou nenhum mártir nem tão pouco herói,
Mas as dores que o meu coração sente, transcrevo no papel.
Disseram-me que eu poderia te achar nas músicas,
Mas eu não sei cantar no seu ritmo.
Então, te procurei nas encenações da vida,
Porém, não soube ser um bom ator em tua peça.
Já insatisfeito com a minha falta de criatividade, desesperei-me!

E no desespero, um anjo ofereceu-se para me fazer sentir o teu sabor!
Confesso quão alegre fiquei em saber que eu poderia, enfim, te encontrar!
Por um instante pensei que tinha te achado!
Meu anjo fazia-me muito feliz e ainda me presenteou com o Amor!
Eu era a pessoa mais contente do universo!
Tudo o que mais desejava minha alma, encontrei em meu Anjo!
Ele dizia que seu amor por mim era infinito e que não nos separaríamos!

Por um momento, um único momento, senti-me feliz...
Mas o que eu não sabia, era que a Alegria às vezes finge ser a
[Felicidade!
Inocente, fui enganada por ela e, sem nem esperar,
Vi o meu castelo desmoronar sem poder nada fazer por ele!

Foi então que conheci tua irmã, a Solidão.
Ela me abraçou durante o meu tormento,
Acalentou-me quando eu estava sem esperança,
Ela não veio sozinha, trouxe consigo sua irmã caçula, a Saudade.
Essa, por sua vez, me mostrou o lado triste do Amor
E me lembrou da minha verdadeira busca, você, Felicidade!

E no jucundo momento da minha mágoa,
No apogeu do drama do meu viver,
Você me aparece, viva e colossal!

Não foi na trova que eu topei com você,
Nem tão pouco na composição teatral...
Na insuflação divina de minha dor.
Encontrei-te nas páginas dos livros...
E como uma Fênix renascida das cinzas,
No amanhecer de minha escuridão,
Escrevendo meu sofrimento no papel
Encontrei-te na poesia e percebi que, não é em coisas materiais que você
[faz morada,
É no coração daquele que já sofreu a dor da perda de um amor!